Desculpem, pois estou chegando atrasado neste caso.
Marco, faltam as imagens !
Com base nas descrições, parece haver uma relação temporal próxima entre a perda aguda da visão bilateral e a cirurgia plástica, o que pode favorecer a HD de NOIA pós-operatória. Temos visto cada vez mais estes casos. Fatores associados são hemodiluição, hipotensão, uso de drogas vasoativas, anemia, tempo cirúrgico prolongado. Vi que a paciente apresenta um hematócrito de 8,7: verifique quanto estava nos exames pré-operatórios e isso vai te dar uma dimensão da perda sanguínea peri-operatória. Nestes casos, NOIA é mais frequente que NOIP e pode se manifestar alguns dias após o procedimento.
Papiledema, como já colocado, é um diferencial. Mesmo tendo feito bariátrica, pode haver um componente de obesidade. Logo, é bom checar o IMC e histórico de cefaleia, obscurecimentos transitórios, tinnitus, diplopia. Com esse diferencial em mente, poderia ser um papiledema bem desenvolvido evoluindo com piora de função. Há também casos descritos de NOIA sobre papiledema prévio (isso seria mais complexo).
Quanto a neuropatia carencial, é certo que é sempre bom checar níveis de vitaminas em paciente com suspeita de neuropatia óptica submetido a bariátrica. Mas, o quadro clínico de neuropatia carencial seria mais crônico, arrastado e sem edema de papila.
Boa tarde.
Desculpem, pois estou chegando atrasado neste caso.
Marco, faltam as imagens !
Com base nas descrições, parece haver uma relação temporal próxima entre a perda aguda da visão bilateral e a cirurgia plástica, o que pode favorecer a HD de NOIA pós-operatória. Temos visto cada vez mais estes casos. Fatores associados são hemodiluição, hipotensão, uso de drogas vasoativas, anemia, tempo cirúrgico prolongado. Vi que a paciente apresenta um hematócrito de 8,7: verifique quanto estava nos exames pré-operatórios e isso vai te dar uma dimensão da perda sanguínea peri-operatória. Nestes casos, NOIA é mais frequente que NOIP e pode se manifestar alguns dias após o procedimento.
Papiledema, como já colocado, é um diferencial. Mesmo tendo feito bariátrica, pode haver um componente de obesidade. Logo, é bom checar o IMC e histórico de cefaleia, obscurecimentos transitórios, tinnitus, diplopia. Com esse diferencial em mente, poderia ser um papiledema bem desenvolvido evoluindo com piora de função. Há também casos descritos de NOIA sobre papiledema prévio (isso seria mais complexo).
Quanto a neuropatia carencial, é certo que é sempre bom checar níveis de vitaminas em paciente com suspeita de neuropatia óptica submetido a bariátrica. Mas, o quadro clínico de neuropatia carencial seria mais crônico, arrastado e sem edema de papila.
Obrigado.
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