Oclusão de artéria central concomitante a NOIA A não detectada?
Paciente de 63 anos, previamente hígido e sem uso contínuo medicamentoso. Não usuário de drogas ilícitas ou lícitas.
Em junho 2025 teve 1 episódio de amaurose fugaz de OD. Não procurou atendimento nesse momento. No início de julho de 2025, apresentou baixa visual repentina, indolor e persistente do Od.
Foi atendida por outro colega, sendo feito retinografia nesse momento agudo.
• Imagens ruins, pq foi o paciente que tirou as fotos. Fotos de retinografia Phelcom. Mas é nítido o quadro de oclusão de artéria central do OD.


Nesse atendimento inicial por outro colega foram solicitadas avaliação cardiológica, exames de bioquímica sérica e diversos exames de imagem. Foi realizado Duplex de carótidas, ECO, holter, teste ergométrico, ressonância de crânio e órbitas, angioressonância etc.
TUDO normal.
Veio para mim em setembro de 2025, com muito baixa visão (difícil conta-dedos anteface em campo de visão temporal), presença de defeito pupilar aferente relativo em OD e campimetria automatizada com escotoma absoluto difuso. Além disso, o achado que mais me chamou atenção foi o aumento importante da escavação em apenas 2 meses de história (ao se comparar com a retinografia de 03/07/25).
Pressão intraocular e gonioscopia normal em ambos os olhos. Segmento anterior sem anormalidades.
Diante disso, pedi alguns exames e encaminhei para o hematologista para melhor investigação de possíveis fatores pró-trombóticos.
Dos exames que pedi, ficaram os anticoagulante lúpico e anticardiolipina indeterminados. Hemato viu isso e solicitou que fossem repetidos em 3 meses, com diversos outros da área dele.
Ele também fez OCT comigo, tendo toda a CFN e CCG com depressão muito importante. O OE, apesar de escavaçao ampla, sem sinais de neuropatia glaucomatosa.
Ele não tem clínica nenhuma de arterite de células gigantes: não tem claudicação de mandibula, dor a palpaçao da artéria, febre etc. Possui apenas PCR e VHS levemente aumentados.
A seguir exames feitos comigo:









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Questionamentos:
O que me intriga foi essa escavação do OD tão rápida.
Teria a arterite de células gigantes oculta algum fator causal nisso?
O paciente teria feito também uma NOIA arterítica “assintomática” (afinal visão já muito ruim com a oclusão arterial) nesse intervalo de tempo entre os dois exames?
Valeria a pena lançar mão de biopsia ou US de artéria temporal?
Obs: não foi instituída nesse intervalo corticoide por mim nem pelo outro colega que prestou o atendimento inicial.


Ola Andre...concordo com os colegas ...deve investigar noia arteritica...e fazer biopsia ou outro exame complementar como doppler ou pet scan